22 outubro 2006

Colecção de cromos Outono/Inverno

Há coisas no nosso mundo que são demasiado complicadas para serem compreendidas; e não me refiro ao cinema português. Não, meus amigos, eu não tenho ambições intelectuais; as minhas reflexões são sempre sobre temas bem mais mundanos.

Comecei a pensar melhor sobre o próximo tema enquanto via um canal que o nosso público masculino deve conhecer. Digamos que é a Playboy dos pobres: trata-se do Fashion TV, um canal que usa a desculpa da moda para nos mostrar gajas em trajes menores. O tipo de projecto que eu proporia, e chamar-me-iam porco, no mínimo.

Mas não fujamos ao tema crucial aqui: é a parte da moda que me interessa debater convosco. Porque, vamos lá ver, há muita coisa na moda que não bate certo, e nem vou entrar na questão do Q.I. dos seus intervenientes directos.

Pensem bem: onde está o mérito da moda? Porque é que os desfiles são tão concorridos? Porque é que as modelos são famosas e tão bem pagas? A realidade é esta: NÃO HÁ MÉRITO DE QUALQUER ESPÉCIE NA MODA. Ponto final. E passo a argumentar.

Qual é o mérito de desfilar na passerelle? “Ena, repara naquela gaja, conseguiu chegar ao outro lado sem cair!” Realmente um grande feito; podiam experimentar dar-lhes uns copázios de absinto antes. Aí sim, era capaz de ser giro. Ou então podia haver correntes de ar a atravessar a passerelle: com o peso das modelos, chegar ao fim e voltar era uma espécie de prova dos Jogos Sem Fronteiras, só que on Channel (será que mesmo assim Portugal ficava sempre em último?).

E, falando em modelos, porquê a existência das “Super”? Supermodelos? Porquê? Será que chegam mais depressa ao fim da passerelle? Será que aquelas roupas pesam toneladas? Terão elas superpoderes? Só se for o poder de pesar 30 kgs e estarem vivas. A única justificação será talvez conseguirem mudar de roupa mais depressa que as outras, e aí talvez a profissão ideal para elas seja num circo.

Existem mesmo, e eu realço o absurdo disto, CURSOS DE MODELOS. Imagine-se. É preciso tirar um curso para saber:
- Vestir e despir roupa;
- Caminhar em linha recta;
- Ser anoréctica.

Realmente parece-me mesmo necessário tirar um “curso” para cumprir estas tarefas tão complicadas. E aqueles cabrões dos médicos ainda se queixam. Canastrões do camandro, “ai que eu tenho de perceber o corpo humano e saber dezenas de doenças e tal”; era pô-los a caminhar 50 metros em cada direcção, e aí é que eles viam a necessidade de estudar. Salvar vidas, Dr.House? Experimente vestir e despir camisolas – isso sim, tem mérito.

O que vale é que há alguém nos bastidores da moda que zela pelos interesses do homem comum, porque consegue fazer com que as modelos, de vez em quando, saiam lá de trás praticamente despidas. Ainda há heróis no mundo; este tipo sim, é “Super”.

21 outubro 2006

Star Quality

Bom, é certo que Portugal está bastante longe das realidades de outros países. Assim, acho que falo por todos quando digo que é uma pena que não tenhamos no nosso país artistas do calibre de Ms.Peachez, por exemplo, de quem falamos no último post.

Mas haja esperança. Podemos não ter gajos vestidos de galinhas e afro-americanos de cabeleira loira a comer melancia e bifes que parecem aquaparks de moscas...

...mas temos artistas do calibre de Katinga MC. Eu quis acreditar que este nome tinha sido dado por alguém com um sentido de humor, vá lá, especial. Só que depois vi este personagem no Top+, e aí pensei: "Afinal ELE é que tem um sentido de humor fantástico".



Este jovem tem futuro, acreditem. No seu OláCinco diz gostar das "Músicas do Katinga MC", o que nos diz duas coisas: tem o mesmo tique de vedeta de Mário Jardel (a 3ª pessoa quando fala de si mesmo) e gosta muito de si mesmo. Ora, é deste material que se fazem as estrelas. Talvez não de katinga, mas ok.

E, para o vosso deleite, aqui têm mais uma prenda do Tutubas; preparem-se, este homem vai ser big in japan.

20 outubro 2006

Ouro

Estava hoje na minha vidinha quando alguém se aproxima de mim e me pergunta:

"Sim_não, para quando o regresso do segmento dos melhores videoclips ao Ideiotices?"

Ora, eu estranhei. Porque sinceramente a pergunta não foi feita exactamente assim. Foi mais:

"Anhábuuuughuuu clack buáááá"

É o que dá quando pedimos a uma criança de ano e meio para nos fazer uma pergunta sobre videoclips parvos num blog ainda mais parvo.

Mas eu não quero que esta criança tenha problemas no futuro só porque alguém se negou a esclarecer-lhe esta dúvida quando era muito jovem. Assim sendo...
(rumbem os tambores...)

...É HOJE! Sim, amigos, é hoje que têm de volta o segmento preferido de talvez 2 pessoas por este mundo fora.

Porquê a demora? Bom, não deve ser por falta de músicos (aham...) que os façam. Que eu saiba não ensinaram a cantar a elite Pimba/Popular/seja-lá-o-que-for do nosso país, por isso poderemos continuar a deliciar-nos com belezas visuais e musicais de nomes conceituados como são os de Claudisabel ou Toy.

Mas para esses já há muito palco. Os programas matinais já nos dão boas perspectivas destas riquezas nacionais, e assim sendo, decidi trazer-vos uma pérola internacional. Até porque este género musical está em crescendo no nosso país, de acordo com as prestações de uma série de miudagem no Festival da Canção Júnior (a sério, se alguém no mundo tiver o vídeo deste evento lendário avise. A minha vida depende disso. Depois explico. E não, não perdi o juízo de vez. Nunca o tive).

Por isso... I bring you: Ms. Peachez



Há aqui muito material a analisar. Eu acho que tem todos os elementos de qualidade. [modo amiguinho on] E você, amigo leitor? Que pensa? Diga de sua justiça nos comments! [modo amiguinho off]

08 outubro 2006

Os Bad Motherfuckers do Cinema

Acabei de rever, aí pela 999ª vez, “O último escuteiro”,na RTP1. Acho que é necessário prestar homenagem aos grandes actores que entraram neste tipo de filmes. E perguntam vocês de que tipo de filme estou a falar.

Ora este tipo, que se pode chamar de “Bad Motherfuckers”, caracteriza-se rapidamente como o tipo de filme policial composto por pancadaria e tiroteio interminável, ostentando recordes na classe de mortes por hora na história de Hollywood.

Vou nomear apenas 3 actores que considero favoritos, apesar de existirem outros que mereceriam destaque, se tivesse realmente paciência para eles, como Lorenzo Lamas, Stephen Baldwin, etc.

Ora bem mas quem interessa realmente são:

Bruce Willis



Quem não se lembra das várias vezes que assistimos num feriado remoto o filme “Assalto ao Arranha-Céus” e respectivas sequelas. Bruce Willis encarnava, na perfeição, o seu personagem John McClane, polícia grosseiro e porco (sem se lavar mesmo, sempre com o suor misturado com o sangue, essas coisas de duro), mas com uma capacidade natural para despachar os inimigos da maneira mais dolorosa e violenta possível. Um verdadeiro dom de Deus.
Há quem diga que Bruce Willis tem perdido tomates com a idade, feito filmes cada vez mais “picuinhas”, e até alguns sem casualidades, um horror! Tal como o cabelo, os dias de matança de Bruce Willis chegaram ao fim.

Steven Seagal



Como é que poder-me-ia esquecer deste grande nome das artes negras da flagelação alheia. Um verdadeiro mestre em partir braços, “deixava-lo de tanga no pólo norte, e no dia seguinte encontrá-lo-ias na tua piscina, com um Martini numa mão e uma mala com um milhão de dollars na outra.” É preciso dizer mais?
É de notar que os filmes que protagoniza seguem sempre uma personagem de background semelhante: ele é alguém que foi um grande veterano de guerra, mas que agora se tornou um homem de espírito tranquilo, seguindo um caminho de paz. Pena é que quem acaba por pisar o seu caminho de paz leva sempre com mais uma morte violenta…é a vida!

Doulph Lundgreen



Este homem é o eterno Bad Motherfucker da história do cinema. Meter este actor como protagonista de um filme de comédia romântica, contracenando com Hugh Grant e a Kate Hudson, seria assassinar o filme, o género, raios, seria assassinar a indústria de Hollywood tal como a conhecemos! Verdades absolutas existem duas: a morte e o facto de que este homem foi feito para matar! Todos os argumentos tornam-se irrelevantes quando ele aparece na grande tela. A partir desse instante um homem tem a certeza de quem é e onde está: a ver um filme de tiros.
Ver este homem a sorrir é um mito urbano equivalente ao dos mails em cadeia, e muitos afirmam que é uma impossibilidade.

06 outubro 2006

wrestlemaniacs

As modas são circulares, dizem. Algo que estava na moda há 10/15/20 anos está normalmente muito perto de voltar a estar na berra. Eu quero acreditar que isto não é totalmente verdade, pelo menos nos casos das calças à boca de sino e da Disco.

Mas um caso em que isto é, de facto, verdade é o Wrestling na TV. Há coisa de 12 anitos o WWF passava aos Sábados; depois foi o hiato, e agora finalmente volta a mania. Sim, a SIC Radical traz de volta matulões oleados que fazem de conta que lutam, enquanto são horríveis actores ao mesmo tempo.

E eu digo: que se lixe. Eu também gosto de ver a WWE, embora reconheça que isso seja muito pouco racional. E desde quando é que as paixões são racionais?

E apesar do mundo de fantasia que rodeia o Wrestling profissional ser por si só ridículo a potes, há momentos que nos fazem sinceramente dizer "Mas que car#&$o?", porque "ridículo" torna-se realmente num conceito curto. O momento que vos vou relatar é um desses.

Tudo se passou em 2000; Mark Henry, um dos membros do elenco do WWF à época tinha, como característica do seu personagem, o facto de ter como namorada Mae Young... de 77 anos. Atenção, eu vou ser MUITO bonzinho aqui, e dizer que o namoro entre um atleta olímpico afro-americano de 29 anos e 182 kgs e uma avózinha caucasiana de 77 anos (ex-wrestler nos anos 30, leram bem: TRINTA) é possível e não é ridículo.

O ridículo, amigos, vem agora. (Agarrem-se)

De repente, Mae Young fica grávida (voltar ao penúltimo parágrafo, sff, e ler a sua idade); e milagre do santo Deus, um mês depois entra em trabalho de parto.

(A sério, agarrem-se)

É então que Mae Young dá à luz UMA MÃO. Sem corpo agregado. UMA MÃO. Perante milhões de pessoas, em televisão nacional, uma mulher de 77 anos DÁ A LUZ UMA MÃO. Uma réplica de uma mão, melhor dizendo, de tonalidade branca. Perante este cenário, Mark Henry tem uma atitude compreensível, claro: questiona a sua mulher sobre a verdadeira paternidade da mão.

Eu não sei se quero saber como acaba esta história, nem vou procurar saber. Mas uma coisa eu sei: só se decidirem fazer um filme da Família Adams a ainda jovem Mão Mae-Henry terá emprego. A realidade é esta: o nosso mundo não foi feito para estes indivíduos tão especiais.

(ALGUÉM ME EXPLICA COMO É QUE ALGUÉM PENSOU NUMA COISA DESTAS? E COMO NINGUÉM SE OPÔS?)