A moda agora é criticar tudo o que é música em português. A pobre Floribella, "que é tão pobrezinha", os fashion-victims dos Morangos com Açúcar, os habituées Pimba... A sério, pensemos bem, será que temos um panorama musical nacional assim TÃÃÃÃOOO mau? Será que temos razões de queixa?
(...)
Bom, é óbvio que sim. O lixo sonoro que nos invade diariamente é inegável, e é realmente uma pena que tantos artistas com mérito musical estejam na escuridão, enquanto outros recebem fortunas por falarem com árvores ou fazerem anúncios parvos a produtos anti-borbulhas/champôs/chupa-chupas/pedras da calçada.
Mas este blog, como já foi dito, não pretende expor os males do mundo e muito menos combatê-los. A única coisa que queremos mostrar aqui é: NÃO SE QUEIXEM, AS COISAS PODIAM SER MUITO PIORES. E sabem porquê? Porque já foram.
Porque para além de todos estes Nemesis da boa música, podíamos ter ainda isto...
...ou isto...
...por isso não se queixem, OK?
17 novembro 2006
14 novembro 2006
Onda CHOC voltaram, NÃAOOO!
É incrivel ver que ainda há videoclips de qualidade, que nos podem mostrar como é preciosa a nossa dignidade, em comparação de aqueles que a vendem por tão pouco.
Nem que me pagassem grandes quantias de ouro e diamantes, eu prescindia da minha vida social e afectiva, participando em coisas destas:
Nem que me pagassem grandes quantias de ouro e diamantes, eu prescindia da minha vida social e afectiva, participando em coisas destas:
12 novembro 2006
Lost - Perdidos no absurdo
Recomendo a leitura de um pequeno artigo em
http://nymag.com/arts/tv/features/23763/index.html
que explica o porquê do declinio de audiências da 3ª época de Lost, em relação às duas anteriores, embora para mim seja evidente.
É sabido que os argumentistas desta série estão proíbidos de desvendar o mistério principal, ou de desvendar indícios que possam ser conclusivos, de forma a conseguirem "esticar" o máximo possível o número de épocas.
Por outras palavras, estão a fazer render o peixe, que já está estragado.
A partir do momento em que sabemos este facto, com que moral é que me podem tentar convencer a ver uma série, que se dedica agora a deitar areia para os olhos dos espectadores?
Criando uma fanfarra de pequenos mistérios e coincidências, supostamente deixam o espectador estupefacto, mortinho para ver o próximo episódio. Esta série passou a ser um caso de hipnose subliminar, em que até podiam aproveitar e meter uns frames escondidos com publicidade no meio das cenas.
Aliás que diabo, da maneira que o espectador está com cara de parvo a tentar puxar pelos neurónios para resolver uma charada sem resolução, até podiam filmar por engano um técnico de som ou um cameraman no cenário, que este passava a fazer parte do mistério!
Não consigo deixar de pensar na imagem de um cão que tenta incessantemente morder a sua própria cauda como a analogia perfeita de Lost. Ou então vejam o "Sorte Nula"; cá para mim foi lá que foram buscar inspiração...
http://nymag.com/arts/tv/features/23763/index.html
que explica o porquê do declinio de audiências da 3ª época de Lost, em relação às duas anteriores, embora para mim seja evidente.
É sabido que os argumentistas desta série estão proíbidos de desvendar o mistério principal, ou de desvendar indícios que possam ser conclusivos, de forma a conseguirem "esticar" o máximo possível o número de épocas.
Por outras palavras, estão a fazer render o peixe, que já está estragado.
A partir do momento em que sabemos este facto, com que moral é que me podem tentar convencer a ver uma série, que se dedica agora a deitar areia para os olhos dos espectadores?
Criando uma fanfarra de pequenos mistérios e coincidências, supostamente deixam o espectador estupefacto, mortinho para ver o próximo episódio. Esta série passou a ser um caso de hipnose subliminar, em que até podiam aproveitar e meter uns frames escondidos com publicidade no meio das cenas.
Aliás que diabo, da maneira que o espectador está com cara de parvo a tentar puxar pelos neurónios para resolver uma charada sem resolução, até podiam filmar por engano um técnico de som ou um cameraman no cenário, que este passava a fazer parte do mistério!
Não consigo deixar de pensar na imagem de um cão que tenta incessantemente morder a sua própria cauda como a analogia perfeita de Lost. Ou então vejam o "Sorte Nula"; cá para mim foi lá que foram buscar inspiração...
03 novembro 2006
Estão aí os senhores dos supermercados? Tomem nota.
À conversa no outro dia disseram-me o seguinte: “Num labirinto, se fores sempre pela direita, encontras sempre o fim”; ao que eu respondi “Olha, não sabia disso”, pensando que tinha acabado de encontrar uma pérola de cultura popular de grande valor.
Rapidamente dei conta que de riqueza isto tinha muito pouco, e muito de parvoíce; é que eu testei esta teoria, caríssimos, e o resultado foi pouco menos que desastroso.
Eu sei no que estão a pensar; onde é que este desgraçado foi encontrar um labirinto? Nada mais fácil; aliás, no mundo ocidental o difícil é não tropeçar neles, apesar de muita gente não dar conta. Porque são conhecidos por nomes menos convencionais, como “Continente”, “Modelo” ou “Intermarché”.
Não estou a brincar. Um hipermercado é algo de incrivelmente complexo. E sei que os homens desse lado sabem do que eu falo. Para nós o hipermercado é um sítio onde as mulheres colocaram tralha inútil a esconder a cerveja. Um antro criptografado cujo código apenas elas conhecem.
Já experimentaram comprar algo, que não cerveja, num hiper? IM-POS-SÍ-VEL. Da outra vez pediram-me para comprar cogumelos em lata. A minha lógica foi esta:
Cerveja em LATA -> Cogumelos em LATA
…logo, estarão na mesma secção, ou pelo menos relativamente perto. Certo? Errado, e o resultado foi perder 20 minutos à procura de uma mísera lata. Isto não acontece com as mulheres; elas nascem com a capacidade de perceber a lógica inerente a qualquer coisa que envolva compras. É para mim incrível como uma mulher sabe exactamente onde encontrar açúcar mascavado e não consegue perceber a lei de fora-de-jogo. Se o Lampard se chamasse Vêgê – salta Mourinho, perdeste o emprego para a Dona Genoveva de Torres Vedras.
Assim, para tentar encontrar o Santo Graal dos cogumelos, experimentei seguir “sempre pela direita”; e não foi bonito. Acabei com 13 pacotes de Trident, uma revista que nunca li e um mapa de Portugal Continental. E o mais triste: não tinha cartão Jumbo.
Rapidamente dei conta que de riqueza isto tinha muito pouco, e muito de parvoíce; é que eu testei esta teoria, caríssimos, e o resultado foi pouco menos que desastroso.
Eu sei no que estão a pensar; onde é que este desgraçado foi encontrar um labirinto? Nada mais fácil; aliás, no mundo ocidental o difícil é não tropeçar neles, apesar de muita gente não dar conta. Porque são conhecidos por nomes menos convencionais, como “Continente”, “Modelo” ou “Intermarché”.
Não estou a brincar. Um hipermercado é algo de incrivelmente complexo. E sei que os homens desse lado sabem do que eu falo. Para nós o hipermercado é um sítio onde as mulheres colocaram tralha inútil a esconder a cerveja. Um antro criptografado cujo código apenas elas conhecem.
Já experimentaram comprar algo, que não cerveja, num hiper? IM-POS-SÍ-VEL. Da outra vez pediram-me para comprar cogumelos em lata. A minha lógica foi esta:
Cerveja em LATA -> Cogumelos em LATA
…logo, estarão na mesma secção, ou pelo menos relativamente perto. Certo? Errado, e o resultado foi perder 20 minutos à procura de uma mísera lata. Isto não acontece com as mulheres; elas nascem com a capacidade de perceber a lógica inerente a qualquer coisa que envolva compras. É para mim incrível como uma mulher sabe exactamente onde encontrar açúcar mascavado e não consegue perceber a lei de fora-de-jogo. Se o Lampard se chamasse Vêgê – salta Mourinho, perdeste o emprego para a Dona Genoveva de Torres Vedras.
Assim, para tentar encontrar o Santo Graal dos cogumelos, experimentei seguir “sempre pela direita”; e não foi bonito. Acabei com 13 pacotes de Trident, uma revista que nunca li e um mapa de Portugal Continental. E o mais triste: não tinha cartão Jumbo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)